Câncer de cabeça e pescoço
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Câncer de cabeça e pescoço: quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura

A campanha Julho Verde, lançada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), chama a atenção para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço, responsável por cerca de 10 mil mortes a cada ano no país. Dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA apontam que são mais de 40 mil novos casos desse tipo de câncer a cada ano, que afetam principalmente homens acima de 40 anos, sendo mais comuns os de laringe e de cavidade oral (lábios, boca, glândulas salivares, orofaringe). Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, os tumores encontrados na tireoide, boca, faringe, laringe, paratireoide, glândulas salivares, face e pescoço estão entre os dez mais comuns no mundo. A chance de cura de um tumor na laringe e corda vocal, se for descoberto na fase inicial, é de 95%.

“Os fatores de risco mais expressivos são o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. O cigarro e o álcool são responsáveis por 70% dos casos desse tipo de câncer. A infecção pelo Papilomavírus – HPV é outro fator de risco”, aponta Paola Pedruzzi, cirurgiã especialista em câncer de cabeça e pescoço do Instituto de Oncologia Integrativa OncoYart.

O HPV é vírus é transmitido via contato sexual e pode causar câncer na região da orofaringe, parte que fica logo atrás da boca, incluindo a amigdala – mais frequentemente acometida por tumor com origem no HPV – e também a base da língua e o palato mole. “Está havendo uma incidência maior entre os jovens de ambos os sexos devido à prática de sexo oral desprotegido, ou seja, sem o uso de ‘camisinha’ e de relações sexuais com múltiplos parceiros”, ressalta a cirurgiã. Vale ressaltar que existe uma vacina contra o HPV, que ajuda na prevenção desses tipos de tumores. No Brasil, desde 2014, existe o programa de vacinação que oferece, nas unidades de saúde, a vacina para meninas de 9 a 15 anos e para meninos de 11 a 14 anos. 

Principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço

. Aparecimento de um nódulo (caroço);

. Feridas que não cicatrizam;

. Dor de garganta persistente;

. Dificuldade para engolir;

. Alteração na voz ou rouquidão.

“Ligue o sinal de alerta quando perceber qualquer alteração na região, que pode ser uma simples afta ou até mesmo uma rouquidão, com duração superior a duas semanas. Nesse caso, já vale a consulta a um especialista da área. Caso a pessoa sinta um nódulo no pescoço, que também não desaparece, pode ser um indício de um possível tumor na amígdala. O importante é procurar acompanhamento especializado, pois quanto mais precocemente descoberto, maior é a chance de cura, e também menor vai ser a agressividade do tratamento”, ressalta Paola Pedruzzi.

Diagnóstico precoce e tratamento

O diagnóstico é realizado a partir de uma biópsia, que é a retirada de uma parte do tecido no local da lesão ou pela punção lombar mais exames de imagem. Havendo a confirmação, é preciso realizar outros exames complementares para se saber o estágio do tumor.

O tratamento vai depender do tipo, tamanho do tumor, localização, estágio e idade, mas consiste basicamente de cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou mesmo uma combinação de tratamentos, varia de pessoa para pessoa, levando em conta, também, o estado geral de sua saúde.

Tem como prevenir?

A prevenção consiste na adoção de hábitos saudáveis, como, por exemplo, evitar o tabagismo e o consumo de álcool – zero tolerância para bebidas alcoólicas. Sobre o cigarro, o INCA aponta que os fumantes têm cinco vezes mais chances de desenvolverem câncer de cabeça e pescoço. E quando associado ao consumo de álcool, esse índice sobe para dez vezes.

Para Paola Pedruzzi, “Outra prevenção é evitar a infecção por HPV, por isso, é preciso fazer o uso de preservativos e vacinação para meninos e meninas antes de começarem a ter atividade sexual”.

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