O câncer na boca ou câncer bucal é caracterizado pela presença de tumores malignos na estrutura bucal, ou seja, nos lábios, na gengiva, na língua, na região abaixo da lingua conhecida por assoalho da boca e nas bochechas.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que sejam detectados, anualmente, mais de 15 mil casos da doença entre homens e mulheres.
Confira, neste artigo, um guia completo sobre o câncer de boca e entenda a importância de prevenção e do diagnóstico precoce da doença.
Sinais e sintomas do câncer na boca
O principal sinal de alerta para o câncer bucal é o aparecimento de feridas ou úlceras que não cicatrizam em até duas semanas. Além disso, a presença de manchas brancas, chamadas de leucoplasias orais, ou manchas vermelhas , que são as eritroplasias, também são fatores de risco.
Outros indicativos do câncer na boca são:
- Feridas, úlceras, nódulos na boca;
- Manchas avermelhadas ou brancas na mucosa bucal ;
- Dificuldade ou desconforto para mastigar ou engolir;
- Inchaços ou caroços na região do pescoço.
Causas e fatores de risco para o câncer de boca
Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) elenca o tabagismo como a principal causa do câncer de boca. Na análise, constatou-se que o risco de desenvolvimento da doença em fumantes é dez vezes maior que em pessoas que não fumam.
Confira outros fatores de risco que podem desencadear casos de câncer bucal.
Alcoolismo
O uso de álcool pode colaborar para o surgimento do câncer de boca. Ele provoca a alteração do DNA das células, que podem oxidar, facilitando a entrada de agentes cancerígenos. Se combinado com o tabagismo, o risco é ainda maior.
Infecção pelo HPV
Todos os tipos do Papilomavírus Humano (HPV), podem causar câncer. Contudo, casos de câncer de boca ou na garganta causados por ele tendem a ser menos agressivos do que as outras variações da doença.
Exposição ao sol
Pessoas expostas diretamente à luz solar sem uso de proteção, podem desenvolver câncer bucal e nos lábios. Indivíduos com pele clara têm um risco ainda maior de serem acometidos pelo câncer de boca nessas condições.
Algumas doenças genéticas como a Anemia de Fanconi onde os pacientes têm risco 50 x maior de ter câncer da boca como a
Diagnóstico do câncer de boca
Apenas um médico especializado ( cirurgião de cabeça e pescoço / oncologista) ou cirurgião-dentista pode diagnosticar o câncer de boca e prescrever o tratamento adequado. Podem ser realizados exames como a biópsia (mais utilizada para confirmar a doença e identificar células malignas) ou tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas para verificar a extensão do tumor.
Tratamentos disponíveis para o câncer de boca
A taxa de sobrevida do carcinoma oral em estágio inicial é de 90%, e quando diagnosticado em fases avançadas as chances diminuem para 30%, daí a importância do diagnóstico precoce. Em casos iniciais do câncer de boca, a cirurgia para retirada de tumores é o tratamento indicado, com poucas ou nenhuma sequela alguma . Saiba quais as outras ações que também são úteis no tratamento do câncer bucal.
Radioterapia e quimioterapia
Em estágios avançados do câncer na boca, a radioterapia e a quimioterapia podem ser utilizadas separadamente ou em conjunto durante o tratamento.
Imunoterapia
A depender do quadro do paciente com câncer de boca, a imunoterapia pode servir como tratamento complementar junto a outras medidas.
Prevenção do câncer na boca
Evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas são formas de prevenir o câncer de boca. Além disso, medidas como visitas regulares ao dentista, uso de proteção solar quando ao ar livre e estar com a vacinação, especialmente no caso do HPV, em dia também são eficazes para evitar quadros de câncer bucal.
Cuide-se e previna o câncer na boca
Um mito sobre o câncer de boca é que ele só atinge pacientes idosos e homens. No entanto, como explicamos, os homens abaixo de 50 anos e as mulheres também pode apresentar câncer da boca. Importante destacar que parte dos pacientes com câncer da boca não fumam ou bebem, então a população em geral também pode apresentar a doença. . Outro grupo de alerta são homens ou mulheres idosos que usam próteses dentárias, muitas vezes a lesão esta no rebordo da gengiva e requer avaliações constantes desta região.
Sendo assim, é importante que o paciente esteja atento aos sinais e consulte o médico regularmente.
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